Sunday, September 22, 2013

:: Preparação na FGC ::

Há uns 20 anos, na época do Street Fighter II, participei de alguns torneios em Santa Maria, minha cidade natal. Venci boa parte dos torneios pequenos, que valiam bem pouca coisa (um lanche na locadora, locações de games ou até de consoles). Nos torneios maiorzinhos, valendo algo melhor (um console, uma poupança, etc), não cheguei nem em 3º lugar.

Bom, nessa época eu jogava e treinava junto com amigos (Quick, Gnomo, Soriano e Ricardo). Nosso grupo (por que não time?) foi quem arrebatou a maioria dos torneios pequenos, mas foi um outro grupo de amigos que levou os torneios maiores. Depois de um certo tempo, nossos grupos acabaram se juntando. A galera fez amizade e começamos a jogar juntos todos os finais de semana. Só que então, os torneios cessaram :(

Mas, o ponto importante deste post é sobre PREPARAÇÃO. Antes dos nossos grupos se juntarem, a rivalidade era bem grande. Nosso time tentava treinar justamente se preparando para enfrentar o outro. Cheguei a um ponto de começar a fazer anotações sobre como o Gustavo (Frangão), o Marco (Ex), o Alexandre (Vudu) e o André (Manfrini) jogavam; quais setups eles costumavam usar (apesar de na época não usarmos a palavra "setup"); como tentar contra atacar esses setups, etc. Eu fazia isso em um caderno pequeno.

Bem, alguns caras do meu time (Soriano e Ricardo), faziam piadinhas por causa das anotações, me zoando. O interessante é que nenhum de nós sabia que esse tipo de "estratégia" viria a ser algo muito usado 20 anos depois, por jogadores de fighting games, sejam eles jogadores que apenas querem melhorar um pouco suas técnicas e jogar melhor com seu personagem, ou jogadores que jogam competitivamente (amadores ou profissionais).

Naquela época não tínhamos internet no Brasil (pelo menos não na minha cidade). Mesmo se houvesse internet, não existiam o youtube e streams de torneios ou de partidas de jogadores realmente bons. O que a gente conhecia era o que descobria jogando nos fliperamas, gastando fichas e mais fichas enfrentando caras melhores/piores, jogando no SNES com os amigos (e adversários), ou lendo aqui e ali em revistas. É, por incrível que possa parecer para a geração atual, a gente lia sobre games em revistas hehehehe.

Hoje o que fazemos é criar arquivos de texto com anotações de onde e como melhorar nossas técnicas; temos acesso a tabelas com o frame data dos personagens; assistimos a videos de jogadores de alto nível no youtube para depois tentarmos imitar ou aprender suas grandes jogadas, suas escapadas, estratégias, etc. Alguns jogadores profissionais até entopem seus celulares com videos dos adversários que possivelmente vão enfrentar, para os estudar enquanto esperam o momento dos confrontos (vide Infiltration).

Este post não é para dizer "viu só, fui um pioneiro". Não. Este post é para dizer "Viram só? Sacaneavam-me por fazer anotaões e tentar estudar os caras, mas é algo que os profissionais fazem." E não, com isso não quero dizer que estou no nível dos profissionais, pois sei bem que estou muito longe disso.

Galera, se vocês acham que uma anotação num bloquinho, uma planilha (seja no PC, Notebook, celular ou impressa), ou videos podem ajudá-los e farão a diferença, então metam ficha. Não dêem bola para seus amigos que não entendem o porquê disso, que não estão nem aí para tentar melhorar as técnicas em fighting games.

Outra coisa menos importante sobre os "old times", é que naquela época chegamos a criar um nome para nosso time. Algo que também foi motivo de zoação por parte do Soriano e Ricardo. Bem senhores, hoje grande parte dos jogadores profissionais fazem parte de algum time, e nem precisam ser PATROCINADOS. Aqui do Brasil, que lembro de cabeça, temos por exemplo Team The Zuera (TTZ), Black Taxi, Sons Of Asgard (SOA)... e por aí vai.

Então negada, não tenham vergonha de fazer anotações e assistir videos de outros players. E não tenham vergonha de, se acharem interessante, criar um nome para seu grupo/time.

Keep the hype!

Sunday, September 08, 2013

:: Efeito Borboleta e outras mirabolâncias ::

Meu amigo Rogério postou no blog dele sobre teorias mirabolantes que envolvem eventos, viagem no tempo e efeito borboleta. Inclusive citando personagens ilustres como Sheldon Cooper, Doc Brown e Lulu Santos.

Pois bem, quem nunca teve aquela vontade de voltar no tempo e desfazer uma burrada, ou simplesmente melhorar um pouco algo que fez, ou até mesmo fazer algo que, por um motivo ou outro, deixou de fazer? Duvido quem nunca pensou nisso pelo menos uma vez na vida. Eu já! Diversas vezes!

Mas então tão outro personagem ilustre a baila: "Hard to see the future is. Always in motion it is." ou "Difícil de ver é o futuro. Sempre em movimento ele está.

Quem disse isso? Ora, ninguém menos que o muito sábio Mestre Yoda.  (afinal em 800 anos de vida o cara aprende muita coisa né)

Se pararmos só um pouco para pensar, o que o baixinho orelhudo disse faz sentido. Se eu voltasse no tempo até o dia em que roubaram a minha BMX Goldstar (na minha infância) e impedisse esse evento. Será que essa mudança desencadearia alterações no meu presente (que é futuro daquela época)? Hoje, seria eu quem sou em termos de rumo na minha vida, talvez até mesmo em se falando de caráter? Não há como saber.

O que talvez fosse ideal para aqueles que sonham em voltar no tempo para alterar eventos, ou agir como acham que deveriam ter agido, seria uma máquina do tempo que além de permitir a viagem, ainda mostrasse os desdobramentos que essas alterações teriam. Mas, tal coisa não existe. Bom, pelo menos não que eu saiba.

Por esses e outros motivos já decidi que alterar o passado não seria bom. A não ser que não estivesse contente/satisfeito com minha vida atual.

Mas gostaria de ter acesso a uma máquina que me permitisse viajar no tempo (passado) para averiguar se eventos, tidos como verdadeiros, realmente ocorreram. Mas isso é papo para outro post.

E aí Rogério?